Partidos vão tentar derrubar regra que obriga a identificação dos doadores
As regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que restringem as chamadas doações ocultas nas eleições deste ano vão afetar um mecanismo de financiamento que, nos últimos dois pleitos (2006 e 2008), garantiu R$319.973.819 para campanhas eleitorais em todo o país. Só na eleição de 2008, quando estavam em disputa cargos de prefeito e vereador, as chamadas doações ocultas somaram R$251,4 milhões, ou 8,9% da soma de todas as receitas registradas pelos partidos (R$2,8 bilhões). Esses montantes correspondem ao que os partidos receberam de pessoas físicas e jurídicas, e repassaram posteriormente a seus candidatos sem declarar a fonte. Amplamente adotada para que o eleitor não saiba quem patrocinou os nomes em disputa e os interesses privados em jogo, a controversa estratégia gerou para os candidatos cinco vezes mais dinheiro que o fundo partidário, fonte pública de recursos para os partidos políticos.
Nos anos das duas últimas eleições, o fundo rendeu R$312,7 milhões às legendas, mas, desse total, elas transferiram para as campanhas de seus candidatos R$64,2 milhões - ou seja, um quinto dos quase R$320 milhões das doações que ficaram ocultas na prestação de contas dos candidatos.
O levantamento dos dados foi feito pelo TSE, a pedido do GLOBO, e ajuda a explicar a reação dos líderes partidários, que se articulam para anular no Congresso a exigência do tribunal de que todas as doações sejam identificadas a partir deste ano. A maioria das siglas recorreu às doações ocultas e teme que o estrago na contabilidade eleitoral seja grande agora.
Em 2006, ano de eleições gerais, os candidatos receberam R$68,4 milhões, ou 4,8% do total arrecadado oficialmente, e declarado, naquele ano. Valor quatro vezes maior que o montante do fundo partidário repassado pelas legendas, no mesmo ano, às campanhas de seus candidatos, cerca de R$17 milhões.
Em 2008, os R$251 milhões de doações que ficaram ocultas equivalem a mais de quatro vezes o total de recursos do fundo repassados para os candidatos (R$47 milhões) gastarem nas suas campanhas eleitorais.
Para os especialistas em contas eleitorais, a maior incógnita em 2010 é o comportamento dos doadores que preferiam ficar anônimos.
Gente fazer doção financeira para as eleições é meio absurdo. A única explicação cabivel é se você quiser um emprego ou algo do cantidato. Eles já roubam o dinheiro público, imagina as doações!!!!
Fonte:
TSE
Postado por Cintia Ferreira
0 comentários:
Postar um comentário