Onde os fracos não têm vez

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010 |

A lei da gravidade parece não agir sobre a lei eleitoral brasileira. Em terras tupiniquins, o que está no alto, lá permanece com a ajuda de seus poderosos semelhantes. Seria antes, a materialização, em política, da lei do mais forte de Darwin. O que, de algum modo, qualquer cidadão brasileiro já sabia, agora foi relatado pela ong norte-americana Global Integrity. De acordo com o relatório divulgado na última terça-feira, a lei eleitoral no Brasil permite que pessoas ricas e empresas fortes tenham um poder decisivo nas eleições. Isso porque as doações de campanhas são determinadas pelo tamanho das empresas (máximo de 2% do faturamento bruto) e pela renda pessoal (até 10% da renda bruta). Ou seja, quanto mais rica uma pessoa, ou mais forte uma empresa, maiores as chances de interferir nos rumos eleitorais do País. É a velha e conhecida história do "quem tem, manda".
Além disso, o estudo mostra que a fiscalização é fraca e sujeita a interferências, e a punição de irregularidades, muito leve e limitada a pequenas multas. O que favorece a perpetuação da corrupção e da prática do jogo de interesses, fazendo prevalecer no Brasil aquela outra lei segundo a qual uma mão lava a outra.

Leia aqui a matéria na Folha de S. Paulo.

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