Desculpa de um amor platônico

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010 |

Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

Para aquela garota que está afim do ’Alain Delon’ da turma, quinze minutos de happy hour duram uma eternidade.

Quando o deputado Ciro Gomes diz que está decidido a ser candidato à presidência da República, esquece que a concorrência das mesas 13 ou 45 também colou os olhos no destaque da noite.

Cabeleira de uma e companheiras de outra. Um momento de lucidez despenca a ficha da menina que começa a ficar de olho no excluído da mesa, clamando por um relacionamento melhor que o atual. Chega uma hora em que qualquer um é lucro. Impensável é voltar para casa sozinha. Analisando a beleza alheia, qualquer garota percebe que seu caminhãozinho não suporta a areia desejada.

O psbista admite nesta quarta-feira, pela primeira vez, que pode concorrer ao governo de SP e não à cadeira federal. É claro que, orgulhoso como sempre, Ciro prevê a maior desculpa no caso de seus planos falirem, novamente. "De repente, o projeto nacional que o presidente Lula representa precisaria ter como uma engrenagem modesta que eu aceitasse esse desafio (de disputar São Paulo). Nesse caso, a serviço do Brasil, a serviço dessa fração de São Paulo, eu não titubearia em ir", afirmou Ciro a jornalistas.

Quando a soberba cega a razão é preciso apelar para manter a pose. "Sou muito melhor candidato que qualquer um desses aí”. "Não é por nada não e isso não diminui nenhum deles, que são grandes quadros. A Dilma é extraordinária, mas é tão extraordinária, mas não tem, por exemplo, uma história de 20 eleições que eu tenho”, disparou Ciro, sem perceber a verdade que o derrubará.

Todo mundo sabe que quando o jovem chega numa certa idade fica afim da mais conservada da turma. Quem já passou por 20 paixões frustradas tem que se contentar com o cara de canto da mesa. Em 2010, Ciro insistirá em seu amor platônico, em vão.

Confira a matéria completa no G1.

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